VIII Seminário de Fiscalização Profissional traz reflexão sobre o futuro das profissões
23/11/2018

VIII Seminário de Fiscalização Profissional traz reflexão sobre o futuro das profissões
Evento ocorreu no auditório da OAB/RS e teve como tema central “O Futuro das Profissões”
 
O Fórum dos Conselhos Regionais e Ordens das Profissões Regulamentadas do Rio Grande do Sul (FÓRUM/RS) realizou, no dia 23/11, o VIII Seminário de Fiscalização Profissional. O evento ocorreu no Auditório Guilherme Schultz Filho, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil -  OAB/RS, tendo  como tema central “O Futuro das Profissões”. Segundo a Adm. Claudia Abreu, que preside a entidade e também é Presidente do Conselho Regional de Administração  - CRA-RS, esta foi uma bela oportunidade para se discutir as questões que afetam o futuro de todas as profissões e como a tecnologia pode alterar a percepção de como enfrentar o mercado de trabalho.
 
“O FÓRUM/RS traz as individualidades de cada profissão e a provocação de que essas funções podem passar por reformulações drásticas é muito importante. Afinal, a forma como lidar com as novas demandas será diferente de tudo que estamos acostumados e nos prepararmos é fundamental”, explica Claudia.
 
A primeira palestra iniciou com o Adm. Fernando Milagre, com o tema: “Conselhos: Novas Profissões para novas tecnologias”. A partir da retomada da ideia de adaptação e antecipação de tendências, Milagre ressaltou que mudanças tecnológicas transformam a sociedade e por consequência todas as profissões. “Para compreendermos a urgência da transformação dos postos de trabalho, é preciso que nos façamos quatro perguntas: quais atributos nós temos?; qual lacuna social sua profissão supre?; o que aconteceria se sua profissão sumisse?; e se seu conselho sumir? É fácil analisar as mudanças que aconteceram. Nossa responsabilidade é estudar as que ainda virão”, ressalta.
 
Seguindo a programação, Anderson Zilli, CEO da My Smart Clinic e Gestor da Focco Sistemas de Gestão,  ministrou a palestra “O uso de tecnologias do cotidiano”. Para ele, a saída do modelo centralizado e a chegada ao modelo distribuído confundem as dinâmicas de trabalho e dá a sensação de perda de poder. “O novo objetivo das empresas é o crescimento exponencial, não o incremental. Automatizar o periférico e focar no essencial é um passo importante na conquista disso”, conclui.
 
No período da tarde, a Dra. Silvia Salcedo retomou as atividades com a palestra “O EAD como ferramenta de ensino e trabalho”. A Coordenadora da Câmara de Educação do Fórum/RS criticou o modelo de ensino vigente no país, o que definiu como “conteudismo”, ou seja, baseia-se em decorar conteúdo e não desenvolver conhecimento. Segundo ela, o Brasil oferece um modelo EAD atrasado em relação ao restante do mundo.
 
Na sequência, o Prof. Dr. Douglas Rafael Veit, Coordenador dos cursos de Gestão de Produção Industrial e Engenharia de Produção da Unisinos, ministrou a palestra “Fiscalização: um olhar contemporâneo em tempos de inovação tecnológica”. Em um mundo cada vez mais tecnológico, sendo este fator um dos agentes que impulsionam as transformações no mercado de trabalho, novas ferramentas e novos processos acabam se desenvolvendo. Segundo Douglas, não se pode ter resistência com tais mudanças. “Passamos por três revoluções e os questionamentos são os mesmos em relação à tecnologia: perder postos de trabalho. Sim, isso acontece desta vez até mais rápido, mas sempre são renovados”, destacou. O professor ainda realizou um apanhado histórico da evolução tecnológica, ressaltando que a inteligência humana sempre vem primeiro. “As máquinas precisam de um comando, além disso, elas poupam nosso tempo, permitindo que a mente humana foque em outras questões”, acrescentou. 
 
Para encerrar, a Adm. Deleuse de Azevedo, Fiscal do CRA-RS e Coordenadora do Seminário,  falou sobre as transformações ao longo do tempo, desde a pré-história até os nossos dias, demonstrando que as mudanças são inerentes, e por isto devemos repensar, adaptar e transformar e ver a tecnologia como ferramenta não só nas atividades fiscalizatórias, mas também na educação  e nas mais diversas áreas.