"Não há ideias inovadoras que não parecem absurdas no início"
Albert EINSTEIN
Devo esclarecer que não quero dar uma de Policarpo Quaresma de Lima Barreto. O Policarpo do romance foi fuzilado por denunciar o que, já naquele tempo, existia de suborno, corrupção e "acertos entre amigos" para por a mão no poder e, em particular, no tesouro da viúva. Quanto a Lima Barreto, por ser um elemento perigoso, foi mantido num cargo miserável de amanuense e, afinal, aposentado por decreto presidencial.
Pretendo, apenas, expor algumas opções susceptíveis de melhorar uma área, "a Política", que impede o Brasil de usar todos os benefícios duma situação das mais privilegiadas do nosso planeta. Sabendo que, por motivos óbvios, minhas sugestões só vão causar risadas dos "interessados", chamei-as de absurdas.
Considerando que administrar a Nação é uma honra para poucos, os candidatos a cargos eletivos deveriam cumprir certas exigências:
# alfabetização (ler, escrever e entender texto). Não falei em diploma, já que diploma significa cada vez menos, inteligência, bom senso e não tem absolutamente nada a ver com moralidade e honestidade (no sentido amplo) ;
# ficha limpa na justiça;
# idade mínima de (?) anos
# ter exercido, efetivamente, uma profissão durante (?) anos;
# teste de sanidade mental;
# teste de personalidade;
Aprovados nesses requisitos (eliminatórios), os candidatos teriam que completar um curso, federal, incluindo, entre outros: noções básicas de Política, Ética, Historia, Sociologia, Economia, Finanças Públicas, Urbanização, Matemática Elementar e Informática. Por que não? se até para conseguir licença de pescador, precisa fazer um curso na Marinha.
Outras medidas poderiam ser adotadas para melhorar o sistema:
# representação proporcional às condições demográficas e econômicas dos Estados;
# sincronizar as eleições:
# voto distrital;
# implantar efetivamente a fidelidade partidária:
# vereança: seria o início da carreira política (retribuição só com jetons);
# partidos; até três;
# mandato: obrigação de terminar;
# cargos em comissão: limitação drástica; substituídos por funcionários públicos ou contratados especiais por tempo limitado mediante comprovação da necessidade;
# cassação dos direitos políticos a vida por crimes cometidos contra o patrimônio Público;
# substituição de encarcerações por serviços comunitários:
# pena dobrada para corrupção;
# confiscação efetiva de bens para compensar as apropriações indébitas;
# Tribunal Especial (não foro privilegiado) para julgar os crimes políticos;
# criação de órgão controlador externo constituído por representantes da Sociedade;
# nomeação de altos cargos públicos por mérito, não mais por indicação política;
# proibição de legislar em causa própria sobre benefícios diretos ou indiretos:
# funcionários públicos: cada (?) anos serão avaliados para prorrogar seu contrato ou demitidos se a avaliação for negativa.
# regulamentação dos ajustes salariais;
# restrição do direito de greve;
# substituir a "etiqueta" PODER por ADMINISTRAÇÃO quando designar um órgão público.
Na outra face da moeda entram os "eleitores" que vão ajudar a renovar a classe política, modernizar nossa democracia e dar impulso a nossa economia. O caminho é a EDUCAÇÃO, que proporciona o maior retorno sobre o investimento para o bem social e econômico de qualquer nação. Resta a resolver dois problemas: o financiamento e o "Modus Operandi". Para se igualar às regiões mais desenvolvidas: 10% a 12% do PIB, como primeira aproximação, seriam necessários. Hoje essa rubrica, no Brasil, alcança cerca de 5% - poucos recursos e mal utilizados. No momento, está transitando em Brasília um projeto destinando 10% do PIB (o que não parece do agrado do governo). Se virar lei o item investimento será resolvido inicialmente, conquanto não haja "derivações" para outros fins.
No que diz respeito ao planejamento e a execução do plano de reforma da Educação o ENSINO FUNDAMENTAL (para todos) é de prioridade alta. O segundo ciclo deverá ser reformulado para atender as necessidades do Brasil. Quanto ao terceiro ciclo terá o encargo de formar menos advogados e mais engenheiros, cientistas e Administradores públicos com “A” maiúsculo. Para cortar o caminho, a solução preconizada consiste em dar bolsas a "jovens talentos" para estudar nas melhores universidades do mundo.
Agora ficou esclarecido o título do presente artigo: "IDÉIAS ABSURDAS". hoje,....."PARA MELHORAR O BRASIL" amanhã !