O uso de testes psicológicos em entrevistas de seleção

Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, é natural que os processos de recrutamento e seleção sejam mais rigorosos. Como é de nosso conhecimento, o objetivo da seleção de pessoal é encontrar o perfil adequado para cada cargo, assegurando que o sujeito tem capacidade de bom desempenho no exercício de sua função.

Como os cargos exigem habilidades específicas, torna-se difícil o entendimento do perfil do candidato tendo como base apenas uma entrevista de seleção, de forma que faz-se necessário que algumas habilidades, capacidades e até mesmo características pessoais sejam conhecidas e quando possível mensuradas para que se possa ter uma visão mais global do sujeito, podendo assim saber em qual cargo ele melhor se enquadra e porquê.

É nesse contexto que entram os testes psicológicos: os testes psicológicos servem tanto para mensurar capacidades cognitivas ou habilidades específicas (os chamados testes psicométricos) como para traçar um perfil da personalidade do sujeito (os chamados testes projetivos, que não se enquadram na descrição de “mensuração”, mas sim de entendimento, compreensão). A aplicação destes testes é um complemento a todo o processo de seleção, ou seja, não são excluídas as outras etapas do processo seletivo, de forma que as entrevistas individuais e dinâmicas de grupo continuam sendo extremamente importantes e indispensáveis.

Na verdade, este procedimento permite uma visão mais global do sujeito, um entendimento do mesmo “por inteiro”, o que torna-se relevante para avaliar se o candidato tem capacidade cognitiva e condições psicológicas para assumir determinado cargo, e/ou se sua personalidade e características pessoais vão de acordo com perfil procurado pela empresa. Salienta-se que os testes psicológicos são instrumentos exclusivos da Psicologia, podendo ser aplicados somente por psicólogos. Portanto, para que uma empresa lance mão de tais instrumentos, é necessário ter um profissional da Psicologia na equipe ou como consultor.

Por Rachel Loureiro Andreta, acadêmica do sétimo semestre do curso de Administração da UFRGS (modalidade EAD – pólo de Santa Maria) e acadêmica de Psicologia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) de Santa Maria.