CRA-RS Recebe: Administração do amanhã - O papel da inteligência artificial
15/09/2023

CRA-RS Recebe: Administração do amanhã - O papel da inteligência artificial

Os desafios e as oportunidades da era da inteligência artificial foram tema do CRA-RS Recebe da noite desta quinta-feira (14). Organizado pela Câmara de Ensino (CE) em conjunto com as demais doze Câmaras Especiais do Conselho, o evento online teve como palestrantes Pedro Gomes e Felipe Beck, especialistas no tema, e foi mediado pelo Adm. Carlos Eduardo dos Santos Sabrito, membro da CE.

Reforçando o valor de ampliar as perspectivas sobre o assunto, conduziram a abertura da edição a Admª. Luciana Barbosa, vice-presidente Institucional do CRA-RS, e a Admª. Ione Sardão, coordenadora da Câmara de Ensino.

A IA como força potencializadora do ser humano

Pedro Gomes abriu a conversa com os participantes falando sobre a importância de abraçar, aprender e criar novas oportunidades com a tecnologia. "Temos a possibilidade de ter pensamento abstrato, emoções, empatia, compaixão. E a inteligência artificial não vai substituir isso. O que acontece é que podemos criar mais valor para as nossas habilidades e para os espaços onde a IA não entra", disse.

Felipe Beck complementou com a ideia de que, no mundo em que vivemos hoje, a incerteza talvez seja a única certeza. "Nesse cenário, a gente precisa trabalhar a nossa capacidade de fazer perguntas, analisar cenários, desenvolver estratégias não temporais e se adaptar às mudanças abraçando oportunidades e se defendendo contra ameaças. Quem não se capacitar bem e com velocidade para obter novas habilidades, vai ficar para trás, porque não vai conseguir surfar as diferentes ondas", afirmou.

IA pela ótica dos negócios

Para Pedro, mais do que nunca, é preciso falar sobre a capacidade das empresas de se manterem vivas e competitivas em cenários de mudanças profundas e aceleradas. "Dados são a maior inteligência que podemos ter hoje. É preciso saber ler e interpretar. As empresas querem ser inovativas e implementar IA, mas não têm cultura propícia para isso. Se não se adaptarem, os negócios vão parar em algum momento", completou.

E a educação?

Questionado pelo mediador sobre os desafios da educação nesse contexto, Felipe disse que acredita que ela precisa estar inserida, participando de discussões para se capacitar sobre IA e os novos modelos mentais.

Segundo Pedro, estamos falando da democratização da educação. "As pessoas têm maneiras diferentes de aprender e assimilar conteúdo. A inteligência artificial é capaz de fazer essa customização. O professor, por exemplo, pode produzir materiais e otimizar processos, colocando seu tempo onde mais interessa", afirmou.

"Precisamos interagir com o mundo a partir de perguntas. É isso que vai fazer com que possamos vislumbrar novas formas de se apresentar na sociedade, na economia e no meio de negócios", complementou Felipe.