Na última quarta-feira, 23, o Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia (Comcet) promoveu a XII Conferência Municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia de Porto Alegre com o objetivo de definir as diretrizes de ciência e tecnologia para a cidade e escolher a composição do Comcet para o próximo biênio. O tema desta edição foi “Inovação, Ciência e Tecnologia pelo Desenvolvimento Integrado de Porto Alegre”.
O CRA-RS, através do conselheiro Adm. Carlos Strey, integrou a comissão organizadora da conferência e foi reeleito para compor o Conselho, ao lado de outras 12 entidades, entre instituições e organizações privadas. Também representaram o CRA-RS no evento os Administradores Bruno Ely, Júlio Abrantes, Fernando Milagre e Roberto Roedel.
Segundo o conselheiro Strey, é extremamente importante a participação da autarquia na definição dessas diretrizes. “Queremos o desenvolvimento integrado do município de Porto Alegre, criando condições para reter nossos talentos, gerando mais receita e, dessa forma, fomentando melhorias para as áreas da saúde, da educação e dos serviços, sem esquecer do meio ambiente”, destacou.
Confira na íntegra as diretrizes de políticas públicas aprovadas para as áreas “Ambientes de Inovação”, “Transformação Digital” e “Porto Alegre, cidade do futuro”:
Diretrizes para ÊNFASE #1: Ambientes de inovação
1: Fomento de Plano de Incentivo e mecanismos de aporte de recursos financeiros para ampliar o vínculo e a fixação de empresas de base tecnológica em Ambientes de Inovação.
2: Estabelecimento de mecanismos de proposição de projetos associados a sistemas de financiamento e “funding” para ações estruturantes e transversais, em parceria com organizações públicas e privadas.
3: Estabelecimento de Plataforma Organizacional para a ampla promoção dos potenciais e de atividades de extensionistas e agregadoras de valor, prioritariamente em Ciência, Tecnologia e Inovação e TIC.
4: Fomento permanente à aproximação e cooperação do setor produtivo, poder público e Instituições de pesquisa para obtenção de processos e produtos e serviços inovadores aplicáveis à Saúde Pública e Educação.
5: Apoio à aproximação entre Instituições de Ensino públicas e privadas, em todos os seus níveis, bem como empresas, centros de pesquisa, serviços públicos e privados e ONGs que articulam as Tecnologias Sociais no contexto da cidade, por meio de programas, projetos ou ações longitudinais integradas.
6: Fomento à criação e facilitação de acesso aos mais desassistidos a Centros de capacitação e reconversão profissional, pela adoção de práticas inovadoras e disruptivas.
7: Estabelecimento de mecanismos de aporte de recursos financeiros para apoiar projetos de inovação e tecnologia.
8: Inovar e agilizar os processos de registro e licenciamento de empresas e retenção dos empreendedores da área da indústria de tecnologia.
Diretrizes para ÊNFASE #2: Transformação Digital
9: Fomento ao surgimento de empresas de base tecnológica, a partir da organização de demandas públicas e privadas em meio digital, favorecendo o desenvolvimento econômico e social da cidade, gerando empregos e renda.
10: Fomento na cooperação entre o poder público, privado e outras instituições no âmbito educacional, de pesquisa e de regulamentação relacionados à área de saúde e sua infraestrutura.
11: Promoção de interoperabilidade das infraestruturas tecnológicas que assegurem o acesso e a otimização dos recursos e serviços em saúde, priorizando as periferias.
12: Melhorias da qualificação curricular nas instituições de ensino para a formação e o desenvolvimento de recursos humanos qualificados para as áreas de ICT e TIC.
13: Estabelecimento de políticas públicas que contemplem as demandas elencadas pelas entidades representativas do setor de TICs e das Tecnologias Sociais, visando o desenvolvimento nos jovens das diferentes comunidades, competências requeridas pelas crescentes oportunidades de trabalho nestes setores.
14: Estabelecimento de estratégias públicas que fortaleçam, em âmbito do Município, conexões humanas, setoriais e intersetoriais, para construção de ações disruptivas.
15: Promoção de novas tecnologias de gestão do verde urbano no município oportunizando a proteção, qualificação e expansão do mesmo, de forma mais célere e eficaz e com a cultura de preservação ambiental percebida na comunidade porto-alegrense.
16: Fomento à criação de infraestruturas estáveis, a qualquer tempo, de alcance abrangente, priorizando a Educação infantil e o ensino médio.
Diretrizes para ÊNFASE #3: Porto Alegre, Cidade do Futuro
17: Desenvolvimento de programa para fins de preservação, recuperação e controle de ocupações irregulares em APPs (áreas de preservação permanente) de cursos d' água e topos de morros, prevenindo desastres naturais, promovendo a conservação da biodiversidade e contribuindo para a melhoria das condições de segurança ambiental e qualidade de vida das comunidades envolvidas.
18: Fomento à criação de polo tecnológico produtor de mudas de árvores de espécies nativas, adequadas ao uso no meio urbano, a partir do estímulo à construção da cadeia de serviços e produtos no município, incentivando paisagismos de alta complexidade e plantios de impacto em áreas públicas.
19: Fomento às ações de inovação tecnológica que promovam o conceito de cidade inteligente, nos quesitos educação, segurança pública, mobilidade urbana, meio ambiente, serviços públicos e acesso à internet.
20: Fomento ao financiamento da ICT e TIC no município.
21: Promoção de eventos: cursos, seminários e oficinas práticas, entre outros, visando ao desenvolvimento contínuo dos profissionais inseridos no processo de concepção, implantação e implementação de Tecnologias Sociais na cidade.
22: Incentivo ao resgate e atualização de Programas e Projetos Tecnológicos focados na recuperação do Arroio Dilúvio.
23: Fomento à criação e desenvolvimento de Startups voltadas à solução de melhorias de condições econômicas e sociais das comunidades desassistidas.