O painel de Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos abriu o último dia do XVIII Fórum Internacional de Administração na sexta-feira (06) no Master Hotel, em Gramado. Os painelistas foram Alejandro Nató e o Adm. Eduardo da Silva Vieira. A moderadora foi a Admª . Tânia Maria Zambelli de Almeida Costa, conselheira e diretora de desenvolvimento institucional do CRA-MG.
Doutor em Direito pela Universidade Nacional de Mar del Plata, advogado e procurador, o argentino Alejandro Nató falou sobre as desigualdades e a busca da sociedade em ser feliz. “Não podemos obrigar ninguém a ver aquilo que ele não está preparado”, afirmou.
Nató destacou o entendimento de onde estamos, o que olhamos e intervimos e por que e para quê nós fazemos isso. Ele listou palavras chaves para a apresentação: desorientação, desigualdades, democracia, diversidade, desigualdade social, direitos e dignidade.
“Todos nós queremos conviver com o outro. Isso é cultura social. Os direitos dos outros terminam quando começam os meus”, destacou. Nas situações de sociabilidade, Nató listou três tipologias: convivência, coexistência e hostilidade. Ele perguntou onde a desigualdade social se encaixa nesse contexto. Apresentando uma imagem de um condomínio de luxo e uma favela lado a lado, o argentino respondeu que, naquele caso, a desigualdade coexiste.
“As pessoas buscam alcançar a felicidade em uma sociedade justa. No sentimento de justiça, está inserido o reconhecimento dos direitos humanos”, ressaltou. O argentino declarou ser favorável aos direitos fundamentais e a gestão de espaços de diálogo.
Alejandro listou quatro tarefas básicas no campo da colaboração: educação para a convivência e a paz, prevenção, fortalecimento individual e comunitário e tratamento. “É preciso traçar caminhos dentro das organizações”, pontuou.
Nató afirmou que as pessoas e organizações precisam ouvir e assimilar as demandas. “O grande desafio é construir uma forma de poder que garanta a satisfação de todos os interesses”, finalizou.
Consultor empresarial, instrutor e atuando há mais de 15 anos no terceiro setor desenvolvendo projetos voltados ao desenvolvimento territorial e empresarial, Eduardo da Silva Vieira falou sobre o estado da arte no desenvolvimento dos métodos extrajudiciais de resolução de conflitos.
Para Eduardo, o cenário não é interessante. Ele destacou que a cultura de litígio, citada por Luís Felipe Salomão, ministro do Superior Tribunal de Justiça, prejudica a conciliação e o Poder Judiciário. Por outro lado, a resolução de conflitos e a segurança jurídica são favoráveis para a economia, segundo declaração de Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública do governo federal..
Vieira listou os métodos extrajudiciais de resolução de conflitos: negociação, mediação, arbitragem e comitê de resolução de conflitos. “É preciso escutar para resolver aquilo que está sendo dito”, pontuou.
No ambiente corporativo, a aplicação é no ambiente externo, entre empresa, fornecedor e cliente, e no ambiente interno, entre colaboradores, departamentos e sócios. “Isso é papel do Administrador”, ressaltou.
Depois do painel, o presidente do CRA-RS, Adm. Flávio Cardozo de Abreu, subiu no palco para fazer a entrega da carteira de identidade profissional para o Adm. Irio Piva, presidente do CDL de Porto Alegre e para Gelson Leonardo Rech, reitor da Universidade de Caxias do Sul.
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