O segundo dia do XVIII Fórum Internacional de Administração realizado no Hotel Master, em Gramado, iniciou na quinta-feira (05) com o painel de Gestão Pública. As painelistas foram Ilana Trombka e Edimara Mezzomo Luciano. O moderador foi o Adm. Mauro Leonidas, conselheiro federal pelo Pará e diretor de Comunicação e Marketing do CFA.
Diretora-geral do Senado Federal desde 2015 e servidora pública há 26 anos, Ilana abordou o desenvolvimento do intraempreendedorismo no âmbito público federal com foco na inclusão social. “A ciência é muito mais efetiva quando tem impacto na vida prática”, afirmou.
Ilana contou que sua motivação para a pesquisa foi o reconhecimento do espaço de pesquisa do intraempreendedorismo na esfera pública para a melhor prestação de serviços à sociedade e o fomento de políticas públicas, em especial o fortalecimento da inclusão social. A questão do intraempreendedorismo em contraposição com a realidade de inovações recorrentes no campo foi outro fator considerado para o estudo.
Como achado da pesquisa, um dos casos facilitadores do intraempreendedorismo são o comprometimento coletivo e o impacto do trabalho na cidadania. A desburocratização também tem posição relevante.
Professora titular da Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e membro permanente do programa de pós-graduação em Administração (PPGAd), Edimara falou sobre a transformação digital no setor público. “Ela é uma consequência da informatização da sociedade”, disse.
A digitalização ocorre através da conversão da informação analógica para o formato digital. O processo de mudança é viabilizado por informações no formato, acarretando em uma mudança disruptiva em modelos de negócios e estratégias.
A transformação digital afeta o setor público nos processos de estratégia do governo, inovação no setor público, dados abertos, tecnologias inovadoras e governança colaborativa. A tomada de decisão baseada em dados propicia impactos socioculturais, ambientais e nas pessoas. As vantagens são a praticidade, instantaneidade e felicidade de uso e manejo dos dados, além de menos deslocamentos.
“Os desafios da jornada para a transformação digital do governo dependem do estágio”, ressaltou. No início, não há estratégias claras ou compreensão de resultados potenciais cultura de inovação pouco presente.
Durante o desenvolvimento e a maturidade, as iniciativas competem entre si, não há recursos financeiros, estrutura organizacional não alinhada com os propósitos e falta de alinhamento entre necessidade e resultados, além de capacidades não desenvolvidas ou fortalecidas.
Edimara tem dúvidas se governo e sociedade estão prontos para debater as aplicações e implicações da adoção da inteligência artificial. “Como vamos utilizá-la se não temos capacidade para discutir o assunto?”, perguntou.
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